Offline
Estilhaços de bomba vão cair sobre o agro brasileiro
Publicado em 17/06/2025 10:53
Notícias

Estilhaços de bomba vão cair sobre o agro brasileiro

 

Amigas e amigos do Agro!

Como em 2022 quando começou a guerra entre Rússia e Ucrânia, o conflito entre Israel e Irã poderá fazer um estrago maior ao agro brasileiro. O mercado pode se complicar nas importações e também nas exportações dos produtos agrícolas brasileiros.

 

Estamos próximos de um novo ano agrícola a partir de julho. Cerca de 50% dos fertilizantes já foram importados com aumento de 24% em relação ao ano passado. O Brasil é dependente de 85% do potássio, nitrogênio e fósforo que formam o composto NPK, com origem no petróleo e gás natural.

O Brasil compra 30% de fertilizantes da Rússia e 20% do Irã. Até o final de 2021, a tonelada de fertilizantes era comprada dos russos por 300 dólares. Foi só começar a guerra com a Ucrânia e o preço subiu para mil e 200 dólares. Com o conflito no Oriente Médio, autoridades do Irã ameaçam bloquear o Estreito de Ormuz por onde passam quase 25% do petróleo transportado para o ocidente e também nossos fertilizantes. E os preços vão disparar!

Países como o Iraque, Kwait, Catar, Bahrein e Emirados Árabes Unidos, além do Irã, ficariam com seus navios bloqueados. Havendo o bloqueio, as exportações para o Oriente Medio podem ser retardadas, causando desequilíbrio de preços no mercado interno brasileiro.

 

Hoje, o Irã é o maior comprador do milho do Brasil e quarto comprador de soja. O Brasil exporta muita carne bovina e de frango para o Golfo Pérsico. Ano passado, 40% da carne de frango brasileira foi para o mundo árabe, inclusive Israel. A China vai ter participação preponderante para evitar o fechamento do canal, por ser a maior compradora do petróleo iraniano. Para não entrarem em colapso, os chineses terão total interesse em impedir o bloqueio no Estreito de Ormuz.

Ouça a coluna de Valdir Barbosa:

https://soundcloud.com/itatiaia-760550769/coluna-agro-segunda-feira-160625

 

Fonte :- Estilhaços de bomba vão cair sobre o agro brasileiro

Comentários